Andar de bicicleta faz bem para o corpo, para a mente e para o meio ambiente. Mas o ciclismo sustentável vai muito além da pedalada. Ele significa a adoção de práticas ecologicamente responsáveis pelas cidades, como a implantação de ciclovias, sistemas de compartilhamento de bikes e facilidade para integração modal nos transportes públicos.
Continue a leitura para saber mais sobre como o ciclismo sustentável pode ajudar a melhorar a qualidade de vida das cidades reduzindo o trânsito e a poluição!
Mobilidade urbana sustentável
A mobilidade urbana sustentável se refere à forma como as pessoas se deslocam nas cidades de maneira ecologicamente amigável e eficiente.
Ao escolher a bicicleta como meio de locomoção, as pessoas contribuem para a redução do tráfego nas ruas, diminuindo a poluição do ar e aliviando o congestionamento, o que resulta em cidades mais limpas e saudáveis.
Por outro lado, programas de compartilhamento de bicicletas, por meio de estações de aluguel conveniente, já se tornaram populares em cidades ao redor do mundo e desempenham um papel fundamental na promoção da mobilidade urbana sustentável.
Na Cidade do México, por exemplo, o sistema reduziu em 8% o uso de táxi e 5% o de carros particulares. Isso significa menos 499 toneladas de CO2 na atmosfera e mais dinheiro no bolso: 82% das pessoas disseram gostar das mudanças, que geraram economia de dinheiro e mais preparo físico.
Assim, ao mesmo tempo em que reduzem a necessidade de aquisição individual de bicicletas, economizando recursos, os programas também incentivam mais pessoas a escolherem o ciclismo como meio de transporte diário.
Redução das emissões de carbono
De acordo com os dados da Secretaria Nacional de Trânsito do Ministério da Infraestrutura há cerca de 60 milhões de carros no Brasil. Extraoficialmente, no entanto, esse número deve chegar a 100 milhões, segundo levantamento do próprio IBGE.
Então imagine o impacto que as emissões de gases de todos esses veículos têm no meio ambiente! Entre os resultados estão a degradação dos ecossistemas, altíssimos níveis de poluição atmosférica altíssimos e alterações profundas no clima, por exemplo. Mas isso pode ter um ponto de retorno com a contribuição do ciclismo sustentável.
Não é à toa que em 2022 a Assembleia Geral da ONU adotou uma resolução que promove o ciclismo para combater o aquecimento global. O documento recomenda que todos os Estados-Membros integrem as bicicletas nos meios de transporte público em ambientes urbanos e rurais.
E que, além disso, coloquem em prática providências que melhorem a segurança nas estradas para o incentivo da bike como meio de transporte.
Maioria dos brasileiros defendem o uso da bike
E a adesão às pedaladas é cada vez maior no país. A pesquisa “Ciclismo ao Redor do Mundo”, por exemplo, mostra que 91% dos brasileiros defendem o uso da bike para a redução de emissões de carbono.
Já um outro estudo, dessa vez do Instituto de Política de Transporte e Desenvolvimento, revela que, em média, a substituição de viagens de carro por viagens de bicicleta pode reduzir as emissões de carbono em até 90%.
Além disso, a redução do tráfego de veículos motorizados resultante do aumento do uso da bicicleta ajuda a diminuir a emissão de poluentes nocivos, como partículas finas e dióxido de nitrogênio.
E isso tem um impacto positivo direto na saúde pública: reduz o risco de doenças respiratórias como asma, bronquite e outras condições relacionadas à poluição do ar.
Economia de recursos naturais
Mas as vantagens do ciclismo sustentável não param por aí. O uso das bikes também representa uma economia significativa de recursos naturais, principalmente em comparação ao uso de veículos motorizados.
Para começar, enquanto os carros consomem combustíveis fósseis, contribuindo para a exploração de recursos não renováveis, o ciclismo depende inteiramente da energia humana.
E até a produção da magrela é mais sustentável, requerendo muito menos material e energia do que a fabricação de um carro. Só por aí a pegada ecológica já é substancialmente menor.
Mas vamos então ainda mais longe. O ciclismo também ajuda a prolongar a vida útil das estradas e reduz a necessidade de construir novas vias.
Isso, sem falar que o próprio impacto das bicicletas nas estradas é muito menor do que o dos veículos motorizados, causando menos desgaste nas superfícies rodoviárias. Assim há economia de recursos financeiros que podem ser destinados a outras prioridades.
Estilo de vida sustentável
Longe de ser “apenas” um exercício saudável ou um esporte radical, o ciclismo é um estilo de vida consciente e sustentável.
A pedalada é, sim, um exercício aeróbico que melhora a saúde cardiovascular, fortalece os músculos, ajuda a controlar o peso e reduz o estresse. Mas é também uma forma acessível e conveniente de incorporar atividade física à rotina diária, contribuindo para um dia a dia mais ativo e saudável.
E exemplos não faltam ao redor do mundo, com comunidades que adotam o ciclismo como uma peça central de seu compromisso com a sustentabilidade.
A cidade holandesa de Groningen é uma delas, sendo referência mundial em infraestrutura cicloviária. Lá, desde 1977 todo o planejamento urbano é realizado com foco na promoção da cultura do ciclismo.
No Brasil o ciclismo sustentável também ganha cada vez mais força. Em Curitiba, por exemplo, os ciclistas já contam com uma rede de ciclovias que integra mais de 200 km por caminhos arborizados, monumentos, cafés, bares e restaurantes, além do Guia Curta Curitiba Pedalando.
E São Paulo também sai na frente quando o assunto é o ciclismo sustentável. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego do estado, a capital já tem 722,1 km de vias com tratamento cicloviário permanente, 690 km delas com ciclovias ou ciclofaixas e 32,1 km de ciclorrotas.
E a cidade também aposta na integração modal para incentivar a pedalada diária. Segundo o órgão, são 7.192 vagas em 72 bicicletários e 802 vagas em 29 locais com paraciclos, integrados ao sistema de transporte urbano local.
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O ciclismo sustentável reduz as emissões de carbono e promove cidades mais limpas e saudáveis, melhorando a qualidade de vida dos moradores. Além disso, economiza recursos naturais e ainda contribui para a sustentabilidade das infraestruturas de transporte urbano.
Por outro lado, os sistemas de compartilhamento de bicicletas incentivam a adoção do transporte limpo, levando atividade física para o dia a dia e ainda gerando economia nos gastos.
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